terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mundial de Clubes FIFA com cobertura campeã

A partir do dia 08/dezembro, o SporTV transmitirá, com exclusividade e em alta definição (HD), o Mundial de Clubes FIFA, que acontecerá em Abu Dhabi - capital dos Emirados Árabes. A equipe responsável por informar os amantes do esporte está formada. Milton Leite ficará a cargo da narração; Maurício Noriega e Lédio Carmona formarão a dupla de comentaristas, enquanto Eduarba Streb e Marco Aurélio Souza estarão a postos para reportar tudo sobre a competição.

Em sua sétima edição, o Mundial receberá um time representante do país sede e os campeões das seis confederações continentais: Conmebol (América do Sul), Concacaf (Caribe e Américas do Norte e Central), UEFA (Europa), CAF (África) AFC (Ásia) e OFC (Oceania). Já estão confirmadas as seguintes equipes: Internacional, Inter de Milão, Pachuca, Al Wahda e Hekari United. Mais duas equipes, representantes da Ásia e da África, juntam-se a eles após definição dos campeonatos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A certeza de Dunga

Antes de tudo, me causa enorme náusea esse lobby midiático - qualquer que seja a motivação. Não se espante. É possível ouvir/ler o chamado nos lugares e meios mais inóspitos que se possa imaginar. Segundo consta, no entanto, o papel dos meios de comunicação de massa é (ou deveria ser) fornecer subsídios para que a população tire a sua (!) conclusão, faça a sua (!) escolha.

Posto isso, chegamos a um ponto ainda mais preocupante: estes mesmos cidadãos simplesmente parecem abdicar do direito de escolher, afinal, tão mais fácil é gritar com a maioria, não? Por vezes sem nem mesmo saber o quê, mas se há um número significativo, não há necessidade. Eles sabem o que querem.

No que tange ao esporte, temos exemplos mil. Foi assim, por exemplo, no Mundial de 2002. A "opinião pública" clamava pela convocação do baixinho Romário. À época técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari vetou e, coincidência ou não, foi campeão mundial daquele ano.


O alvo da vez é Dunga, covardemente aviltado por (quase) tudo e (quase) todos. Pelo cargo que ocupa, já seria "naturalmente" vilipendiado, mas da maneira que se tem notícia, só mesmo contrariando a pseudo-voz-do-povo-ventríloquo. O treinador tem a seu favor os fatos - estes, sim, irrefutáveis -, suficientes para que prefira errar (se for o caso), por sua (!) cabeça, o que, invariavelmente, é o mais digno.

Em tempo: a figura em questão, para mim, não fede nem cheira - tal qual a seleção nacional.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A zebra do turno

Se cravar um campeão para este domingo é tarefa complicada, tão mais foi imaginar uma final de turno entre o (re)emergente Vasco e o quase (re)rebaixado Botafogo. Sobretudo se considerarmos seus adversários diretos. O Flamengo, com a base do time hexacampeão brasileiro e o Fluminense de Cuca, com Fred, Conca e cia. O belíssimo Fla-Flu, aliás, só reforçou a ideia de um possível clássico das multidões na final da Taça GB e, por que não, na final do Carioca.

Ao contrário dos demais esportes, felizmente, o futebol contraria todos os prognósticos dos pseudo-especialistas (pessoas como eu e você que, de diferente, têm um espaço público para se manifestarem e eventualmente influenciarem outros tantos) e nos brinda com o salutar imprevisto. E da mesma forma se configura a finalíssima de hoje, às 17h, no Maracanã.

Se lógico fosse o futebol, poderíamos garantir a vitória da equipe cruzmaltina sobre o Botafogo de Joel, já que na fase classificatória, o Vasco cravou imperdoáveis 6 a 0 sobre o alvinegro de General Severiano. No entanto, me parece nítido que Joel, por mais que não tenha feito nada demais até então - como o próprio admitiu -, fez a equipe enxergar suas limitações e, principalmente, jogar em função destas. Assim venceu o Flamengo, com tão-somente três finalizações durante os 90 minutos, sendo duas delas convertidas.

O Vasco de Mancini chega à final de forma parecida, mas nem tanto. Na primeira semifinal, o Fluminense dominou as ações do jogo - com investidas esporádicas do Vasco -, mas esbarrou em Fernando Prass e no inexplicável Fred que, em dado momento, abdicou de concluir para cavar um pênalti, de forma deplorável. Nos pênaltis, as forças se igualam, dado o nervosimo, momento etc. E assim o Vasco passou.

Fato é que a zebra enverga os mesmos preto e branco que irão colorir o estádio mais tarde. Resta saber qual será a disposição destas cores no animal.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Até

Tal qual o futebol, cujo recesso teve início e nos deixou por este ano, despeço-me de 2009. Eis a hora de repensarmos o ano que chega ao fim, avaliar cada momento e fazer um balanço de nossas vidas. Neste particular, numa avaliação bem rasteira e concisa - me desculpem a falta de interesse em publicar minha privacidade - e apesar de dificuldades inéditas na minha vida, julgo ter sido positivo o ano que passa.

Dois mil e nove foi um ano de algumas frustrações, muitas ambições - fruto, sobretudo, de muita inquietação - e algum conhecimento.

Estou com uma boa possibilidade de estágio, o qual faço questão de não adiantar para não causar uma eventual desapontamento. Se concretizar, divido com vocês.

Escrevo este post para desejar a todos os bravos leitores (os quais faço questão de agradecer imensamente, sem exceção) deste espaço um ótimo fim de ano. Desfrutem todos. Boas festas e até 2010 - que, pra mim, já começou.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Capitalismo selvagem

Tenho um professor na faculdade, Aloísio Menezes, que costuma classificar o capitalismo como um judoca anal (sic), na medida em que este regime se vale de tudo - até mesmo dos movimentos que lhe são contrários - para vender. Como maior exemplo disso, o intelectual cita o movimento hippie - contrário ao sistema. Este, porém, simplesmente usou-se do sucesso do movimento contracultural para "engoli-lo" e vender seus produtos em larga escala. É o cenário que temos até hoje.

Há pouco tomamos conhecimento de mais um dos inúmeros exemplos: o desabafo - de ontem!! - do técnico da seleção Argentina, Diego Armando Maradona, contra a imprensa de seu país após a classificação da seleção, já está estampado e à venda em camisas de todos os tamanhos.

Por essas e outras que o professor, com razão, não acredita no fim do sistema vigente. Nem eu. Vale registrar: bem como não acredito no sucesso da seleção argentina com Dios à frente da equipe.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Crônica do leitor

Estreando este espaço no qual pretendo dar "voz" aos que aqui leem - e "só" por isso já contribuem imensamente para a manutenção, mesmo que não diária, deste espaço -, poupá-los dos meus vícios de escrita e afins, convidei a leitora e maior incentivadora deste blog, Thamiris Kuhn que, gentilmente, dedicou-nos um pouco do seu tempo para externar sua visão (in loco) acerca, especificamente, do jogo entre Botafogo e Avaí. Meus sinceros agradecimentos à Thamiris.

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Botafogo lota Engenhão contra o Avaí

por Thamiris Kuhn*

No dia em que comemoramos o Dia das Crianças (12 de outubro), um fato inédito aos torcedores Alvinegros fez com que o Sol brilhasse mais forte – mesmo que as nuvens negras tentassem tomar conta do céu. O Estádio Olímpico João Havelange recebeu Botafogo (16º/32pts) e Avaí (12º/40pts), onde, visivelmente, formou-se um mar preto e branco, perfeito de se admirar. Bandeirões, torcedores alucinados, parecia fim de campeonato brasileiro em que se disputava páreo a páreo o primeiro lugar. Desde a sua inauguração (30 de junho de 2007), com um público de aproximadamente 43 mil – pagantes -, os botafoguenses não lotavam o Engenhão, fato repetido – graças àqueles com boa vontade de ir ao estádio em um feriado quente – no último dia 12. Foram 33.641 pagantes, entretanto, inúmeras falhas comprometeram a festa alvinegra.

A começar pelo início do jogo. O Botafogo mostrou vontade, porém, faltaram habilidades nas finalizações. Durante todo o primeiro tempo, o Avaí se esforçou para conseguir abrir o placar, frente à sua torcida de 20 gatos pingados. Foi realmente complicado visualizar a torcida do time catarinense em meio aos botafoguenses. Mas a quantidade não interfere (tanto) em partidas de futebol. Aos 28’ do primeiro tempo, Jobson driblou dois atacantes do Avaí e bateu um bolão no travessão, levando susto a Martini, goleiro do Avaí. Dentre faltas e chutes perigosos, quem abriu o placar foi justamente o Avaí. Em cobrança de falta, Caio mandou a bola para Emerson que abriu o placar, aos 37’do primeiro tempo.

Após a cobrança de falta e o gol do Avaí, o técnico do Botafogo, Estevam Soares, foi expulso por não concordar com a falta. O mesmo foi tirar satisfações com o auxiliar, Altemir Hausmann, e acabou levando um cartão vermelho. Conclusão: desespero botafoguense. Aos 44’, Wellington perde a disputa de bola com William, que marca o segundo gol do Avaí na partida. Intervalo e pânico alvinegro.

Segundo tempo. Estevam Soares substitui Léo Silva por Victor Simões e Reinaldo – vaiado pela torcida – sai para dar lugar a Rodrigo Dantas. Com quatro atacantes, o Botafogo começou a reagir dentro de campo. O Avaí permanece convicto de que vencerá a partida. A torcida, percebendo a garra alvinegra dentro de campo, empurra o time. Surtiu efeito. Aos 15’ do segundo tempo, Victor Simões leva perigo à área do Avaí, mas somente três minutos depois, o mesmo não tem pena: em bola levantada por Lúcio Flávio, Victor Simões faz o primeiro do Botafogo. Agora está 2x1, Avaí. Até então, o Avaí não havia demonstrado mais força para levar medo dentro de campo, mas foi capaz de roubar muitas bolas, sem grandes resultados.


Rodrigo Dantas, que entrou bem no jogo, deu passe para André Lima que desperdiçou. Logo após, Augusto quase marca contra, a favor do Botafogo, mas acabou acertando o goleiro do seu time que ficou caído no chão. Emerson impediu que a bola parasse na rede Avaiana. Durante o segundo tempo, o Botafogo levou muito perigo à zona do Avaí, porém, com muitos passes e finalizações errados. O empate só veio aos 33’, com Victor Simões – novamente. Com disputa de bola entre Emerson e André Lima – que tocou com a mão na bola -, ela sobra exatamente para Victor, que marca, deixando tudo igual no Engenhão. Os jogadores do Avaí, enfurecidos, foram reclamar com o árbitro André Luiz Castro, que acabou expulsando William, do Avaí.

O Botafogo teve chance de virar o jogo, haja vista ter 11 jogadores em campo contra 10 do Avaí. Aos 41’, Lúcio Flávio manda a bola pelo lado de fora da rede, deixando a torcida em êxtase. No fim do jogo, dois atos prejudicaram o Botafogo: 1)já com duas faltas, Juninho, capitão alvinegro, é expulso, saindo ovacionado pela galera presente; 2)Victor Simões sofreu falta na entrada da área e, em vez de apitá-la, o árbitro deu fim ao jogo. Após o término da partida, os jogadores foram aplaudidos em meio a gritos de “Valeu, Fogo!”.

Engana-se quem pensa que os problemas foram somente dentro de campo. Definitivamente, se as Olimpíadas fossem hoje, o Brasil receberia o título de “Vergonha Mundial”. Durante o intervalo, não havia mais água e refrigerantes para que os torcedores pudessem consumir. Em calor infernal, todos aglomerados, com sede, o que se tinha a fazer era esquecer e, ironicamente, produzir saliva. Um absurdo! Não houve capacidade de organização. Mesmo que o público não tenha sido estimado, há de se convir que, em pleno feriado e com o time em um pingo de ascensão, mais de cinco mil torcedores compareceriam ao estádio.

O atendimento por socorro, dentro do estádio, é ineficaz. Constam que um senhor enfartou durante o primeiro tempo de bola rolando. Pessoas ao redor clamavam por resgate que, ficou observando sem fazer o mínimo de esforço para chegar ao local. Até que essas mesmas pessoas começaram a gritar por um médico na torcida e a xingar o atendimento. O que se tem de notícia deste homem é que ele tem 42 anos e teve um AVC, enquanto assistia a partida que rolava. O atendimento socorreu-o depois de 10 minutos, mas alguém da torcida auxiliou com respiração boca-a-boca, até que a ineficiência garantisse a vida daquele homem.

Ademais, sete mil (sim, eu escrevi SETE MIL) torcedores entraram gratuitamente no estádio. A diretoria do Botafogo disponibilizou ingressos extras assim que começou a partida, porém, muitos torcedores não conseguiram entrar. Os com e sem ingresso que não conseguiram entrar no Engenhão tentaram invadir o local em sinal de protesto. Enquanto rolava o primeiro tempo, a entrada para o setor Oeste foi liberada, e assim, mesmo lotando o estádio, muitos ainda ficaram do lado de fora.

Vergonha!

O que foi de se vangloriar, em um dia destinado às crianças – que morreram de sede no estádio, aposto! – foi a torcida que compareceu em peso, completando 40 mil espaços no Engenhão. Mesmo com irregularidades, a festa foi bonita e o apoio ao time era o que realmente estava faltando. O Botafogo fez a festa das crianças alvinegras – mesmo pelo empate em 2x2 com o Avaí. Com este resultado, Avaí desce duas posições no Brasileirão e está em 12°. O Botafogo permanece na 16ª posição, três pontos à frente do primeiro time do Z-4 (Santo André 17°/29pts).

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* Thamiris Kuhn é estudante do 6º período de Comunicação Social (Jornalismo) da UNESA (Universidade Estácio de Sá).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Entrevista - Murilo

Arquivo/AE
Como foi o início da sua carreira e a experiência de jogar fora do país?

Jogava vôlei em casa com o Gustavo e os meus tios participavam dos campeonatos municipais, então era um estímulo. Aos 17 anos saí da minha cidade e fui para São Paulo jogar profissionalmente. Fiquei cinco anos no clube Banespa e fui bicampeão paulista (2001 e 2002). Depois atuei duas temporadas pelo Suzano e fui para a Itália, onde morei por quatro anos e defendi o Valentia e o Modena. Jogar fora foi excelente para o meu crescimento como atleta, os campeonatos europeus são muito fortes, em especial o italiano que era onde eu atuava. Lá eu jogava com os melhores atletas do mundo e depois jogaria contra eles pela seleção.

E como avalia o seu retorno ao vôlei brasileiro?

Voltar ao Brasil foi muito positivo, além de poder ajudar o esporte no meu país ainda poderei ficar mais perto da minha família. E acredito que com a volta também de outros grandes atletas, o vôlei nacional em termos de clubes só tem a crescer. A próxima Superliga com certeza será mais disputada, terá mais times com chances de lutar pelo título, o nível técnico será maior, vamos ganhar em qualidade e teremos um campeonato mais forte.

Como foi jogar pela seleção ao lado do seu irmão?

Maravilhoso. O Gustavo sempre foi um espelho pra mim. O pouco tempo em que jogamos juntos representando o Brasil contribuiu muito na minha carreira. Eu sempre recorria a ele para pedir conselhos. Era muito exigente comigo, me colocava em dificuldades e falava para eu sempre dar o meu máximo nos treinamentos. Só agradeço.

Que momentos da sua carreira até agora você lembra com mais emoção?

Quando fui campeão do Campeonato Mundial Juvenil em 2001, na Polônia, pois foi a minha primeira competição internacional. E, mais recentemente, a final da Liga Mundial na Sérvia, que joguei como titular e também conquistei o título.

Quais são os seus próximos objetivos?

Profissionalmente, seguir a filosofia de trabalho implantada pelo Bernardinho e conseguir manter os bons resultados para chegar à conquista da próxima olimpíada, em Londres-2012. E, pessoalmente, o meu casamento com a Jaqueline (também jogadora de vôlei, atualmente contratada do Osasco).

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Seguindo a programação, a próxima atração será a série Por onde Anda, com a ex-atleta Ana Flávia.