domingo, 12 de outubro de 2008

Grata surpresa

Flamengo 0x3 Atlético/MG – Mais uma festa rubro-negra adiada. No mesmo “salão”. A zebra, dessa vez, se apresentou em sua real coloração. O centenário Atlético/MG (12º/37 pts.) jogou como nunca. E a festa melou. Como sempre. É mero achismo debitar, tão-somente, da conta do presidente falastrão/fanfarrão Márcio Braga tão memorável atuação atleticana. Talvez possa até ter (e muito provavelmente tem) uma dose de motivação por parte dos mineiros com a infeliz declaração prematura do amador dirigente. Mas cravar nessa hipótese seria leviano, a meu ver. A motivação deve-se, indubitavelmente, a ameaça real que corria o time de Marcelo Oliveira até esta rodada. A cipoada representou certo conforto para se terminar o (centenário) ano sem maiores sustos. No momento, a nove rodadas do fim, o Atlético/MG está a 10 pontos do primeiro time da zona.
A partida foi, muito provavelmente, a melhor da rodada. Felizmente foi a que escolhi para assistir. O time de Minas jogou – ou chegou muito perto - aquele futebol que havia citado na crônica anterior, do São Caetano, em 2000. Era difícil errar passes. Pelo contrário, envolvia o Flamengo (5º/49 pts.). Teve o controle da situação durante todo o jogo. Não se acovardou. Jogava, sim, nos contra-ataques. Mas, na situação do Atlético/MG, quem imaginaria que fosse o contrário? E nestes contragolpes levavam muito mais perigo que a equipe carioca. Foi assim que abriu o placar, numa verdadeira obra prima do boliviano Castillo, aos 31 do primeiro tempo. Digno de placa. Aliás, o verdadeiro “gol de placa”. Na segunda etapa a prosa continuou no mesmo rumo. O alvinegro mineiro esperava o Flamengo, roubava a bola e, nos contra-ataques, envolvia por completo a equipe até chegar ao gol de Bruno. Prova disso foi o terceiro tento, aos 29. Shelson tabelou com Castillo que, caído (!) devolveu, de calcanhar (!!!) para o companheiro que chutou cruzado. Bruno deu rebote e o zagueiro Leandro Almeida fechou a goleada. O segundo gol foi marcado, com facilidade, por Renan Oliveira – um dos grandes destaques desta noite, no Maracanã. Ainda que, a exemplo do São Caetano/2000, o conjunto tenha sido o diferencial.
O rubro-negro de Caio Júnior, com certeza, não contava com essa. A próxima rodada será, predominantemente, de clássicos. Confrontos diretos, como Palmeiras x São Paulo, no Palestra. Ambos à frente do Flamengo na tabela. Portanto, qualquer resultado neste clássico que não o empate, será desinteressante para as, até então, pretensiosas expectativas do time. Ademais, o próprio Flamengo jogará um clássico, contra o Vasco. Este que, bem ou mal, não deixa de ser um grande rival. Trate-se de um clássico. Vale dizer: como tal, não aceita favoritos.

E pouco depois de, desacreditado, falar do futebol nacional, o Atlético/MG nos proporciona tão nobre atuação. Será que existem, realmente, deuses do futebol? Em caso positivo, não me restam dúvidas de que fui ouvido.
Quanto à festa rubro-negra... quando serão ressarcidos ou contemplados os ilustres convidados? Talvez ao final da gestão amadora atual.


■■■■■■
(Photocâmera)

Atlético/PR 1x3 Fluminense – Aquele que pensei que não fosse fazer um gol sequer fez três. Faço meu mea-culpa aqui, com toda humildade. Não pensei que não marcaria por sua pouca técnica – até porque, de fato, é o que acho de Washington -, mas sim por suas declarações (e de tantos outros jogadores – no mais famoso “discurso pronto”) dias antes da partida, afirmando que não comemoraria se marcasse contra seu ex-time. Washington é idolatrado na Arena da Baixada. Lá, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 34 gols, no vice-campeonato atleticano, em 2004. Felizmente hoje, ao menos, marcou – ainda que não comemorasse. Não só um, mas três tentos! O suficiente para tirar, por ora, o Fluminense (16º/30 pts.) do estreante René Simões da zona de rebaixamento. Em via contrária foi o Atlético/PR (17º/28 pts.) do, também idolatrado por lá, Geninho. Segue (e seguirá) ameaçadíssimo de cair. Ao contrário de seu homônimo de Minas.



■■■■■■

Goiás 1x1 Internacional – Empate devastador. O resultado, conquanto não interrompa a série de invencibilidade do Goiás (8º/44 pts.) – que já chega a sete partidas -, afastou ambos do (remoto) sonho de chegar à Libertadores. O Internacional (10º/43 pts.), sem Guiñazu (machucado), Alex (na seleção de Dunga) e D’Alessandro, chegou a abrir o placar, com Andrezinho, aos sete. O volante Fahel (foto: Site oficial Internacional), aos 36, empatou e deu números finais à partida. Iarley ainda desperdiçou uma penalidade, aos 38. Aliás, a segunda penalidade máxima desperdiçada pelo atacante, ex-Internacional. Sem mais a acrescentar.


■■■■■■

(Agência Estado)
Portuguesa 0x0 Coritiba – A exemplo das equipes supracitadas, com o empate fora de casa, o Coritiba (7º/45 pts.) também se distanciou um pouco mais da última vaga da Libertadores. Mesmo que tenha um ponto a menos que o Botafogo, por exemplo, está a sete do São Paulo, o quarto. Já a Portuguesa (18º/28 pts.) parece se despedir, definitivamente, da Série B. Está a apenas dois pontos de sair da zona, mas o futebol apresentado, nem de longe, chega a ser um alento para os sofridos “lusitanos”. A briga na rabeira também promete fortes emoções até o dia 07/dezembro.

3 comentário(s):

Saulo disse...

Foi uma surpresa mesmo essa vitória do Galo e calou de vez a torcida flamenguista no Maracanã.
Outra surpresa foi o Fluminense ganhar do Atlético-PR na Arena da Baixada.

Gerson Sicca disse...

Infelizmente, o título cada vez mais é do Grêmio. Um concorrente a menos agora.

Bruno Muniz disse...

Realmente foi uma grande exibição do Galo...E colocamos água no chopp dos flamenguistas...Eu linkei o seu blog, se quiser linka o meu ai tb...
abraço