quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O mesmo banco. A mesma praça

Após nova vexatória (vale lembrar: o Botafogo esteve com um jogador a mais desde os 18 minutos da etapa inicial) derrota na Argentina, o colaborador (?) Carlos Augusto Montenegro - a exemplo do que fizera ano passado após a vexante desclassificação da mesma Sul-Americana - resolveu aparecer, jogar a merda no ventilador e externar problemas internos - e que assim deveriam ser resolvidos, se é que realmente existem - do grupo. Essa atitude, nada mais é, do que de um dirigente amador - aliás, como o próprio se intitula, com orgulho. Infelizmente o futebol carioca, em geral, regride a olhos vistos. Muito, indubitavelmente, por seus dirigentes (e isso vale para os quatro grandes do estado), tão-somente, amadores.

O Vasco, de Eurico Miranda (não me venham com o papo de que a culpa é de Roberto Dinamite, porque não é de hoje que o time cruzmaltino não briga por nada - nem tampouco conquista -, faz pífias campanhas e, por vezes, não chega sequer às semifinais da competição regional), bem como o Fluminense, de Horcades, estão na iminência de serem rebaixados. O último, aliás, não pela primeira vez.

O Flamengo, de Márcio Braga e cia., depois da meteórica ascensão no ano passado, conseguiu uma vaga - que há muito não conseguia - para a Libertadores deste ano. E como/por que saiu? Vocês sabem. A equipe rubro-negra, sistematicamente, lutava apenas para não cair. Este ano, após uma sequência de resultados e que lhe permitiu, perfeitamente, vislumbrar até mesmo o título, teve sua ascensão freada com a infeliz "comemoração" antecipada de seu "presidente-amador". O futebol não aceita mais este modelo obsoleto de gestão. Os tempos são outros; o futebol do Rio, porém, estagnou. Não admite, por exemplo, os contratos em branco que assinava Nílton Santos, simplesmente pelo prazer de jogar na equipe de General Severiano. Mas Cuca, em sua passagem pelo clube, não tinha sequer um! Este era apenas garantido por palavras - que hoje, sobretudo no futebol, não valem mais um vintém. O futebol, há muito!, é profissional e como tal deve ser todo o corpo responsável por este e por seu clube, qualquer que seja ele.

O Botafogo de Bebeto de Freitas (ou seria ainda de Montenegro?), que já não disputa mais nada na competição nacional, após a derrota de ontem, dificilmente passará às semifinais da competição sul-americana. Não conformado, Carlos Augusto resolveu aparecer e vociferar à imprensa. Com o ano (praticamente) terminado para a equipe de Ney Franco, caberá aos jogadores, por seu turno, renegar o Botafogo, se transferir a outros clubes e claro!, curtir as férias antecipadas que lhes foi concedida a partir de hoje. Boas festas!

4 comentário(s):

Anônimo disse...

Digo o mesmo que diria o comandante Nascimento a esses dirigentes fanfarrões..."Pede para sair"....

Chilavert disse...

o Botafogo será rebaixado no ano de 2009.

Saulo disse...

Depois do depoimento do Montenegro as coisas pioraram de vez no Botafogo. O ano já se foi pra gente.

Jogo Aberto disse...

MUITO BOM O TEXTO DIEGO.