sexta-feira, 15 de agosto de 2008

(No) Soy loco por ti, América

Começa, para os brasileiros, a tão desdenhada - sabe-se lá por que, uma vez que rende ao campeão mais de um milhão de reais - competição Sul-Americana, de mesmo nome. A primeira fase, eliminatória, acontece entre clubes nacionais. O Brasil conta com oito participantes: Atlético/MG, Atlético/PR, Botafogo, Vasco, Palmeiras, São Paulo, Grêmio e Internacional. A rodada começou terça-feira para Atlético/PR e São Paulo.

Atlético/PR 0x0 São Paulo - Empate insosso na Arena da Baixada entre os reservas do São Paulo e o quase completo - sem Renan e Rafael Moura - Atlético/PR. O modesto resultado parece definir o futuro atleticano na competição nacional. Deveras sombrio. E o São Paulo, que de titular, inscreveu apenas Rogério Ceni - que, apesar disso, não jogou esta partida -, apenas figura e talvez, sem querer, passe à próxima fase da competição, posto que decidirá a vaga no Morumbi, dia 27.

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Vasco 3x1 Palmeiras - Muita pixotada. Muito espaço nas arquibancadas (público: 954 pagantes). Pouco futebol. A torcida do Vasco - segunda maior do estado -, desacreditada, infelizmente parece definhar. Durante a partida, era gritante o desinteresse do Palmeiras - que tinha como "atrações" Denílson, Élder Granja e Kléber. A pixotada era geral. O Vasco - também com muitos reservas -, um pouco mais interessado, venceu sob o comando do sempre empenhado Madson. Alan Kardec abriu o placar, com Jefferson empatando. Na etapa final, destaque para o petardo de Matheus. Foi o que de melhor aconteceu. Madson foi coroado no fim da partida com um gol de pênalti - inexistente, diga-se. Diante de total abnegação palmeirense, é bem capaz que a equipe de Tita passe adiante. Vão.
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Internacional 1x1 Grêmio - Infelizmente, não pude acompanhar aquela que me parecia ser a mais interessante partida da quarta. A Fox, apesar de anunciar na programação o clássico, não exibiu na íntegra. Por mais uma vez, titulares x reservas. O Inter vinha quase completo - não contava com Nilmar e Alex - e tinha como principal atração da noite a estréia do meia argentino D'Alessandro (foto). Fazia sua estréia, também, o rodado lateral Gustavo Nery. Muito embora, convenhamos, tal marca não mereça qualquer tipo de alarde. Já o Grêmio, de titular, só contava com o cobiçado (agora pelo Wolfsburg, da Alemanha) zagueiro Léo que, curiosamente, marcou o gol de empate. Daniel Carvalho, em seu segundo jogo pela equipe, abriu o placar para o Colorado. Do lado azul do Rio Grande, até entende-se o fato de preterir a competição. Está no topo da competição nacional. Já do lado vermelho do estado, o sonho está distante. Contratou muito bem - com ressalvas tão evidentes que não merecem ser expostas -, mas tropeça. A diferença para o líder - e maior rival -, Grêmio, já é de 15 pontos.

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Botafogo 3x1 Atlético/MG - Surpreendente. Não pelo resultado, mas pelo desinteresse - que imaginei e Ney Franco preconizou - do Botafogo, que bradava aos quatro cantos a importância que daria à competição. Uma partida apática. Confesso que em dado momento da etapa final cochilei por bons 20 minutos, aproximadamente. E nem por isso perdi alguma coisa. Acordei e o placar ainda apontava 1 a 1. Foi então que Eduardo, após belo passe de Lucas Silva - que entrou bem, ou pelo menos com alguma vontade, pelos minutos finais que acompanhei -, desempatou e já no último lance de jogo Carlos Alberto - já havia feito o primeiro; um golaço, após bela cobrança de falta - dilatou o placar. Por sorte, atualmente, para vencer o Atlético/MG não precisa muita inspiração. Para piorar, a freguesia continua: são quase 7 anos ou 13 jogos sem vencer o Botafogo. Um centenário para ser esquecido.

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Belíssima vitória da vibrante e recém-formada dupla Larissa/Ana Paula, que garante a classificação para às semi-finais, onde irão enfrentar as americanas - e atuais campeães olímpicas - Walsh e May. A vitória de hoje deve-se, principalmente, pela (quase) onipresente Larrisa. Defendeu com desenvoltura - isto é, 'amaciando' verdadeiras bombas desferidas pelas alemãs - e, fez algo que não tava acostumada a fazer, quando ao lado de Juliana: atacar. Variou entre cortadas e sutis largadinhas - este, pra mim, é o movimento que mais admiro, tamanha é a habilidade e precisão necessárias para executá-lo com sucesso. A julgar por hoje, tão-somente, esta nova dupla brasileira me parece mais equilibrada que quando formada por Larrisa/Juliana. O tempo e Walsh e May irão me desmentir. Ou não. Assim espero, digo, esperamos.

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Os gols no Engenhão

4 comentário(s):

Filipe Araújo disse...

só os brasileiros não a valorizam. o azar é deles.

Abrazo!

http://gambetas.blogspot.com

Rodolfo Nunes disse...

oppa legal seu blog depois da uma olhada no meu http://arquibancadafc.blogspot.com/

abração

Saulo disse...

Foi realmente uma partida apática, mas o Botafogo mesmo com um time desfalcado ganhou mais uma. O Botafogo vive o seu melhor momento e que essa boa fase continue até o final.
Muito bom o seu blog. Visita o meu também.
saulobotafogo.blogspot.com

Diego Louzada disse...

SPFC, Vasco, Grêmio e Bota conseguiram bons resultados e vão se classificar.
Na próxima fase os adversários também não são grandes coisas, o que pode dar aos brasileiros a possibilidade de chegar mais longe.